Da Folha de S.
Paulo Com avanços reconhecidos por governo, empresários e trabalhadores, o compromisso nacional para melhorar as condições de trabalho no setor sucroalcooleiro não mexerá na realidade de insegurança alimentar dos cortadores de cana.
A Folha teve acesso ao documento final, que será lançado na próxima quinta-feira pelo presidente Lula.
No item alimentação, o compromisso dos usineiros para no fornecimento de recipientes a fim de manter o alimento aquecido.
Os trabalhadores e o próprio presidente esperavam que os empresários assumissem a responsabilidade pela comida.
Semanas atrás, em evento reservado no qual lhe foi apresentado o texto, Lula reclamou com os usineiros. “Você está dando uma marmita térmica, mas cadê a comida?
Está vazia?”, teria dito, segundo relato de presentes ao encontro.
O fornecimento da alimentação, na prática, traria dois ganhos imediatos aos cortadores: uma refeição balanceada e, em consequência, menos problemas de saúde. “Esse assunto [da alimentação] continuará presente nas negociações e virá ao compromisso, sem dúvida”, diz Marcos Jank, presidente da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar).
Ele cita a logística complicada e o alto custo como os empecilhos atuais.
Segundo os próprios trabalhadores, a ausência desse ponto não esvazia a importância do compromisso nacional, construído por dez meses numa mesa de diálogo entre governo, trabalhadores e empresários, sob a coordenação da Secretaria Geral da Presidência.
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