De Política/JC Mesmo correndo risco de se tornar inelegível por conta do processo que corre na Justiça Eleitoral – é acusado de abuso de poder político e econômico nas eleições –, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Newton Carneiro (PRB) já se coloca como candidato a deputado estadual em 2010.

De malas prontas para ingressar no PR, Newton defendeu ontem o nome de Inocêncio Oliveira, presidente estadual da legenda, para vice na chapa à reeleição do governador Eduardo Campos (PSB) e declarou apoio a Armando Monteiro Neto (PTB) para o Senado.

Embora ainda esteja filiado ao PRB, Newton Carneiro admitiu que está saindo da legenda. “Ainda não sei pra onde vou, mas vou procurar outro partido”, afirmou o ex-prefeito.

Presidente estadual do PR, Inocêncio Oliveira, porém, admitiu que está praticamente tudo acertado para que Newton se filie à legenda. “Trata-se de um homem sério e honesto, um nome muito bom para o partido”, destacou o parlamentar.

O prazo para mudança de partido é de até um ano antes das eleições, que acontecem em 5 de outubro de 2010.

Defensor da reeleição de Eduardo Campos, Newton Carneiro disse ainda que gostaria de ver Inocêncio participando da chapa majoritária como vice-governador. “Inocêncio tem mais de 30 prefeituras o apoiando.

Seria uma grande força para o governador se reeleger”, avaliou, afirmando que o atual vice, João Lyra Neto (PDT), precisa descansar. “João Lyra está com esse problema de saúde (paralisia facial) e precisa de mais repouso.

O ideal é ele se candidatar a deputado estadual, tendo assim sua cadeira cativa na Assembleia.” Completando a chapa, Newton foi enfático: “Armando Monteiro Neto é meu senador.

O outro eu ainda não decidi, mas ele eu apoio”.

Apesar do apoio, Inocêncio não acha correto colocar seu nome, neste momento, como opção para vice.

Segundo o parlamentar, falar sobre isso na situação em que se encontra João Lyra, é um desrespeito. “Não estou pensando nisso agora.

Fico feliz com a homenagem de Newton, mas o vice-governador é João Lyra, ele teve um problema de saúde e discutir o assunto agora é um desrespeito”.

Inocêncio, no entanto, admitiu: “se no próximo ano surgir essa possibilidade, aí sim posso pensar no assunto.

Mas agora não”.