A confiança do consumidor brasileiro melhorou no segundo trimestre de 2009 depois de ter caído por dois trimestres seguidos, segundo mostra o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a partir de 2.002 entrevistas de consumidores de 143 municípios em todo o Brasil.
O indicador cresceu 3,7% na comparação com o índice registrado no primeiro trimestre e manteve-se praticamente constante quando comparado com o segundo trimestre de 2008.
Apesar do crescimento no segundo trimestre, o índice ainda registra queda de 4,6% na comparação com o indicador do terceiro trimestre de 2008, quando os efeitos da crise econômica internacional ainda não eram tão evidentes sobre a economia brasileira.
Segundo a pesquisa, o crescimento do INEC deve-se, em grande medida, à melhora significativa das expectativas em relação ao desemprego e à inflação.
O índice de expectativa de inflação registrou crescimento de 11,2%, na comparação com o primeiro trimestre de 2009, e de 9,9%, na comparação com o segundo trimestre de 2008.
O aumento no índice de expectativa de desemprego foi ainda maior (17% na comparação com o primeiro trimestre).
O crescimento, contudo, não foi suficiente para compensar a queda desde o terceiro trimestre de 2008.
O índice segue 1,8% abaixo do segundo trimestre de 2008, e 8,6% abaixo do terceiro.
Renda pessoal A expectativa de evolução da renda pessoal, por sua vez, segue estável.
O índice mostrou queda de 0,4% na comparação com o último trimestre e crescimento de 0,6% na comparação com o mesmo trimestre de 2008.
Ressalte-se que o índice mantém-se em patamar elevado, considerando-se sua média histórica.
Já o índice de endividamento aumentou 3,4% na comparação com o primeiro trimestre, o que denota redução no endividamento dos consumidores.
Apesar da melhora na questão do endividamento, a situação financeira dos consumidores ficou praticamente estável, mas manteve sua tendência de piora.
O índice de evolução da situação financeira recuou 0,6% na comparação com o trimestre anterior, a terceira seguida nesta comparação, acumulando recuo de 5,9% desde o terceiro trimestre de 2008.
A melhora na confiança ainda não deve se traduzir em crescimento de compras de bens de maior valor.
Mesmo com os incentivos pontuais oferecidos pelo Governo Federal, o índice que reflete as perspectivas de compras de maior valor no trimestre registrou aumento apenas marginal de 0,2%, na comparação com o trimestre anterior, e queda de 2,2% na comparação com o segundo trimestre de 2008.
Da CNI