De Política/JC O ex-prefeito do Recife João Paulo defendeu, ontem, uma composição de unidade interna no PT no Processo de Eleições Diretas (PED) do partido, previsto para novembro.
Ele sugere a construção de uma candidatura única, de consenso entre as várias correntes, na escolha da nova direção nacional petista.
Caso se chegue a um acordo em torno de um nome, o partido buscaria então repetir o consenso nas eleições para os diretórios estaduais e municipais.
João Paulo levará a proposta à reunião da corrente Mensagem ao Partido, da qual faz parte, hoje, em São Paulo.
A tese da candidatura única foi colocada há 15 dias pela ala Construindo Um Novo Brasil, majoritária no PT e contrária à do ex-prefeito, da qual faz parte o atual presidente do partido, deputado federal Ricardo Berzzoini (SP), e é liderada em Pernambuco pelo secretário estadual das Cidades, Humberto Costa.
João Paulo, ao apoiar essa tese levantada por uma corrente contrária à sua, ajuda a arrefecer os ânimos internos do PT estadual, exaltados desde que ele veio à público cobrar da legenda apoio à sua pré-candidatura ao Senado em 2010.
Mas o ex-prefeito não quis comentar sobre nomes para a direção nacional, que seriam viáveis à construção de um consenso.
João Paulo evitou avaliar a opção colocada pela corrente Construindo Um Novo Brasil, do ex-senador sergipano José Eduardo Dutra, como opção de candidatura única à presidência petista. “Vamos primeiro acertar os princípios, depois ver nomes”, advertiu.
O ex-prefeito explicou que buscará o consenso interno como forma de o PT chegar a 2010 forte em torno da presidenciável Dilma Rousseff.
Apesar de tachar como “cedo” para conclusões, o presidente estadual do partido, Jorge Perez, da Construindo Um Novo Brasil, avaliou como “positivo” o apoio do ex-prefeito à tese da candidatura única. “Cria um ambiente melhor para o diálogo”, avaliou.