Da Capa Dois/JC Os médicos da Prefeitura de Caruaru, no Agreste do Estado, decidiram, em assembleia realizada ontem à noite, no auditório da Sociedade de Medicina de Caruaru, fazer uma greve de advertência de 48 horas a partir da meia-noite de quinta-feira.
A categoria não aceitou as propostas feitas pela administração do município, dentre elas a de reajuste salarial.
Além do aumento no salário, os profissionais exigem a implantação do plano de cargos e carreiras (PCC) e a realização de concurso público.
Durante os dois dias de paralisação, não haverá atendimento nos ambulatórios e nos postos de saúde da família (PSF).
Quem está com consulta marcada para quinta e sexta-feira deve marcar uma nova data. “É preciso ter tranquilidade e manter o diálogo com a prefeitura.
A paralisação fez-se necessária por conta da proposta encaminhada, que não contemplou os objetivos da categoria”, afirmou Antônio Jordão, presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e que esteve presente à assembleia. Às 9h de sexta-feira, haverá uma caminhada na cidade para pressionar o governo municipal.
Após a movimentação, a categoria deverá se reunir novamente para determinar novos rumos da paralisação.
Médicos e Prefeitura de Caruaru estão negociando desde o início de maio.
Essa foi a terceira proposta negada pela categoria, que exige a equiparação salarial com os valores pagos aos médicos do Estado.
Além dessa equiparação, os trabalhadores pedem o acréscimo de 10% em cima desse reajuste, por trabalharem fora da Região Metropolitana do Recife (RMR).
Diante da exigência dos médicos que trabalham em Caruaru, um médico diarista passaria a receber por mês R$ 3.366, um plantonista, R$ 5.500, o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), R$ 7.040, e os profissionais do Posto de Saúde da Família (PSF), R$ 11.012.
Já a Prefeitura de Caruaru propõe R$ 2.200 para os diaristas, R$ 3.700 para os plantonistas, R$ 3.850 aos profissionais do Samu e R$ 6 mil para os médicos do PSF.