Por Carla Seixas, de Economia/JC O governo do Estado vai elevar o fornecimento de água bruta no Complexo Industrial de Suape.
A meta é chegar a 2012 com o projeto da barragem Engenho Maranhão pronto, com capacidade para fornecer 6,8 metros cúbicos de água por segundo, dos quais 4 metros cúbicos serão para as indústrias.
A água bruta é mais barata do que a tratada e usada pelo setor industrial.
A primeira etapa do projeto está estimada em R$ 32 milhões, de um total de R$ 100 milhões.
O secretário de Recursos Hídricos do Estado, João Bosco, segue hoje para Brasília para reforçar junto ao governo federal que esse é um projeto prioritário dentro dos que estão na lista à espera de financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Diante da certeza de que Pernambuco não conseguirá aprovar a totalidade dos projetos inscritos nessa modalidade de financiamento, Bosco vai elencar junto ao Ministério das Cidades quais são os de maior importância para o Estado. “Totalizamos R$ 1,3 bilhão em projetos, mas como são R$ 5 bilhões para saneamento e abastecimento de todo o País, devemos obter R$ 300 milhões.
Por isso, vamos informar quais são os mais importantes”, explica o gestor.
No caso do fornecimento de água bruta para a indústria, o governo está de olho na chegada de grandes projetos que demandarão o serviço. “Hoje, conseguimos atender a demanda, que é, em média, de 1 metro cúbico por segundo.
Com a chegada da Refinaria Abreu e Lima isso vai mudar”, conta.
O sistema também servirá às praias do Litoral Sul, mas com parte de água tratada.
Além dessa barragem, são prioridades a ampliação do saneamento da Imbiribeira (R$ 56 milhões), a complementação da bacia de Tejipió (R$ 43 milhões), a setorização da RMR (R$ 50 milhões este ano e outros R$ 80 milhões depois) e o esgotamento de Goiana, tendo em vista a instalação do polo farmacoquímico (R$ 12 milhões).
Recursos têm taxas de até 9,5% ao ano e 20 anos para pagar.