De Política/JC RIO – O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem que a estatal não terá qualquer problema em responder às perguntas que forem feitas pelos membros da comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Senado, criada para investigar as atividades da empresa.

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Gabrielli disse que a CPI “é um instrumento legítimo da oposição e do Congresso Nacional” e que a empresa “está preparada para responder às questões, deste que pontuais, enfáticas e objetivas”.

Ele ressaltou, no entanto, que acusações genéricas e generalizadas, em busca de informações e do que investigar, “são um processo negativo, que avança além do que, de fato, a Constituição e os marcos regulatórios brasileiros dizem sobre uma CPI, que deve ser constituída com base em fatos concretos”.

O presidente da Petrobras lembrou que a CPI, em seu regimento de criação, levanta sete temas e que dois deles dizem respeito à Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Segundo ele, os cinco temas referentes à Petrobras incluem denúncias investigadas pela Operação Águas Profundas, desenvolvida pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, que contou, desde o início com a cooperação da empresa.

Quanto às denúncias de superfaturamento nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, Gabrielli disse que estão em processo de discussão técnica com o Tribunal de Contas. “E também não haverá problemas em torná-las claras para o TCU”, afirmou.