Da Folha Online O presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra, afirmou, na tarde deste sábado, que seu nome pode ser apresentado oficialmente hoje como candidato à presidente nacional do PT pela corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), ex-Campo Majoritário.

Lideranças da corrente estão reunidas num hotel de São Paulo para definir o nome do candidato a presidente do partido que irá cuidar das eleições de 2010. “Há a expectativa de que esse encontro venha a lançar meu nome como indicado do CNB, para depois ser analisado pelas próprias bases do CNB e por outras correntes”, disse Dutra.

Para ele, o apoio do presidente Lula é fundamental para qualquer um que queira dirigir o partido. “É a maior liderança do PT, historicamente. É inadmissível uma situação em que o presidente do PT entre em conflito com o presidente da República, até porque o processo de sucessão do Lula passa por uma ação entre ele e a direção do PT”.

As articulações para a escolha do candidato se intensificaram depois que o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, acatou o pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e desistiu da disputa. ‘O presidente avaliou que seria mais conveniente eu ficar trabalhando em Brasília’, disse.

Dutra espera que o PED (Processo de Eleição Direta), que ocorre dia 22 de novembro, possa ocorrer sem muito acirramento [entre as correntes internas do partido]. “Espero que ocorra um processo em que o PT reafirme seu papel protagonista no processo de sucessão de Lula”.

Também presente ao encontro, o atual presidente do partido, Ricardo Berzoini, disse que, independentemente do eleito, o momento mais importante para o partido será no final de fevereiro, quando ocorre o congresso nacional do PT, quando deve acontecer a aprovação da “política de alianças, da tática eleitoral e do nome de nossa candidata” [referência à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef].

Terceiro mandato Assim como afirmou a ministra Dilma Roussef hoje, ao chegar a um almoço organizado pela ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy, em sua casa, Dutra fez questão de reafirmar que não existe no partido orientação nenhuma para apoiar um futuro terceiro mandato para Lula. “Há um processo de 3º mandato de um projeto.

O PT não trabalha com o cenário de 3º mandato para o Lula”.

E completou dizendo que “não está dentro da ação parlamentar do partido a aprovação de qualquer emenda que venha possibilitar o 3º mandato para o Lula”.