Xicão, pai do cacique Marcos Luidson, condenado a dez anos de prisão (Foto: Alexandre Belém/JC Imagem) Neste momento, uma comissão de índios xucurus aguarda do lado de fora do Palácio do Campo das Princesas para encontro com o governador Eduardo Campos.

Os índios vão entregar um documento em que pedem intervenção política na condenação do cacique Marcos Luidson, 30, e de outros representantes dos xucurus do Ororubá, decretada há duas semanas, em Caruaru.

Em conversa há pouco com o Blog de Jamildo, o deputado Isaltino Nascimento (PT), membro da comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, disse que o governador vai receber a comissão de xucurus e ouvir as reivindicações.

O documento a ser entregue pelos indígenas, segundo Isaltino - que também participa do ato -, é uma síntese dos conflitos em Pesqueira.

Do Palácio do Governo, o índigenas, membros de ONGs e comissões de direitos humanos, caminham até a sede do TRF, no Cais do Apolo.

O ato tem a participação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Centro Luiz Freire, Gajop, professores das Universidades Federais de Pernambuco e da Paraíba, pesquisadores da Fiocruz e parlamentares.

O cacique Marcos Luidson, filho de Xicão, foi condenado a dez anos de prisão pelo crime de incitação a violência, sem que testemunhas de defesa tenham sido ouvidas, de acordo com denúncia do Cimi.

Ele é um dos principais líderes indígenas do Nordeste, membro do Conselho Nacional de Política Indigenista e do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável.

Em fevereiro de 2003, na área xucuru, Marcos foi ferido em atentado à bala.

Pensando que o cacique tinha sido morto, índios expulsaram da Aldeia Cimbres familiares do acusado, o também xucuru Louro Frazão, e queimaram suas casas.

O atentado teria sido motivado por discordâncias internas quanto à instalação de um santuário da Igreja Católica.

Leia mais sobre os conflitos índigenas no especial Retomada Indígena, do JC Online.