Da Reuters e Efe Os Estados Unidos disseram a Coreia do Sul que estão preparando sanções financeiras para punir a Coreia do Norte por comércio ilegal de armas e outras atividades após seu teste nuclear, realizado na semana passada, informou o jornal sul-coreano Chosun Ilbo.

Em Washington, uma porta-voz do Departamento de Estado disse que os EUA procuram meios para pressionar o governo norte-coreano a voltar a negociar o fim de seu programa atômico e notou que sanções econômicas já foram aplicadas no passado.

Pyogyang aumentou as tensões após iniciar um julgamento, na quinta-feira, de duas jornalistas americanas que entraram em seu território “com intenções hostis”.

Também nesta sexta, a agência de notícias sul-coreana Yonhap informou que as duas Coreias vão se reunir na próxima semana para abordar o futuro do complexo industrial conjunto da cidade fronteiriça norte-coreana de Kaesong.

Segundo o porta-voz do Ministério da Unificação sul-coreano, Chun Hae-sung, Seul respondeu afirmativamente à proposta norte-coreana de realizar este encontro, que acontecerá no próximo dia 11, no mesmo complexo industrial.

Em maio, o país comunista ameaçou iniciar uma ofensiva militar contra a Coreia do Sul, disse que já não se sente vinculado ao armistício de 1953 e declarou nulo o contrato assinado com Seul sobre este complexo industrial.

O parque industrial de Kaesong, em operação desde 2005 e situado 60 quilômetros ao norte de Seul, acolhe cerca de 100 pequenas e médias empresas sul-coreanas que empregam 39 mil norte-coreanos, além de ser um símbolo da reconciliação das duas Coreias.

Ainda não se sabe se durante a reunião será abordada a recente escalada de tensão entre os dois países, originada pelo segundo teste nuclear do regime comunista.

O que se espera é que tratem questões relativas ao sistema especial de benefícios ao Sul em relação ao uso do solo, os impostos e os salários no complexo de Kaesong.

Em abril, as duas Coreias se reuniram para falar do complexo industrial conjunto, seu primeiro encontro oficial em mais de um ano.

O regime comunista avisou então a seu vizinho que estudaria este sistema especial de benefícios.

A prioridade de Seul é abordar a situação de um trabalhador sul-coreano da empresa Hyundai-Assam, detido desde 30 de março por supostamente criticar o regime comunista e incitar uma funcionária a desertar.

No entanto, Pyongyang rejeita discutir o tema, ao alegar que não faz parte das negociações entre os dois países.