De Cidades/JC Professores da rede estadual tumultuaram o trânsito no Centro do Recife ontem pela manhã ao realizarem protesto em frente ao Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio.
Eles fecharam a descida da Ponte Princesa Isabel com um carro de som para pressionar o governador Eduardo Campos a recebê-los.
O ato faz parte da campanha salarial de 2009.
Os professores reivindicam o cumprimento da Lei Federal 11.738 de 16 de julho de 2008, que determina a implantação do piso salarial nacional da categoria, fixado em R$ 1.132 (para quem tem magistério).
Segundo eles, o salário inicial pago a um docente é R$ 445.
Os educadores também pedem reformulação do plano de cargos e carreiras e eleição direta para o cargo de diretor de escola.
A Secretaria de Administração afirma que, no ano passado, foi feito um acordo com a categoria para que os professores passassem a receber R$ 950, implementando antecipadamente parte do piso nacional no Estado através da Lei Complementar 112.
Segundo a Lei 11.738, os governos têm obrigação de pagar o valor integral apenas a partir de 2010.
Em reunião que aconteceu às 9h na sede do Instituto de Educação de Pernambuco (IEP), em Santo Amaro, área central, a categoria decretou estado de greve.
Hoje pela manhã, às 9h, os diretores do Sintepe voltam à sede do governo para nova negociação com a Secretaria de Administração.
Uma assembleia da categoria está agendada para o dia 11, às 14h, no IEP.
Depois de serem recebidos por representantes das Secretarias de Administração e de Educação, o tráfego foi liberado por volta das 11h30.
O protesto deixou o trânsito parado na região por, pelo menos, meia hora.
JABOATÃO Os primeiros dias de greve dos professores da rede municipal de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, foram marcados por tumulto na Escola Visconde de Suassuna, em Piedade.
Segundo a diretora da unidade, Pompéia Vieira Sonoda, integrantes do Sindicato dos Professores do Município de Jaboatão dos Guararapes (Sinproja) invadiram as salas de aula e expulsaram os alunos na terça-feira, quando foi deflagrada a paralisação.
Ontem pela manhã, ainda de acordo com a diretora, eles estiveram na frente do colégio impedindo a entrada dos estudantes.
Representantes do Sinproja alegam que visitaram a instituição porque a diretora estaria obrigando os professores concursados a trabalhar.
Pompéia Sonoda explica ter feito acordo com os educadores que têm contrato temporário e montou um horário especial para que os alunos não ficassem sem aula.
Amanhã, às 9h, haverá assembleia da categoria no pátio da escola para decidir os rumos da greve.
Os profissionais também pedem o pagamento do piso nacional da categoria, prometido pela prefeitura para setembro.
Após a reunião, haverá passeata até a sede do governo municipal, no Centro de Jaboatão dos Guararapes.