De Economia/JC O consultor Flávio Domingues alerta para a necessidade de criar uma programação de eventos e pacotes turísticos com pelo menos dois anos de antecedência da Copa do Mundo 2014.
Em uma apresentação já exposta ao trade turístico local, ele argumenta que os visitantes permanecem no País pelo menos 15 dias, duração da primeira fase do mundial, e que é preciso ocupar os visitantes em dias em que não houver jogos, sob o risco de perder recursos para Estados vizinhos.
Na apresentação original, feita aos empresários, à qual o JC teve acesso, o consultor fazia alertas como “investimentos exclusivamente para a Copa 2014 correm risco de criar elefantes brancos” ou “uma rede hoteleira de cinco estrelas pode não ter ocupação econômica, posteriormente”.
Mas ontem, ao atender a reportagem, suprimiu esses pontos. “É porque eu acredito na Cidade da Copa”, disse.
Para ele, é preciso definir uma marca turística facilmente identificável e que tenha longevidade após o Mundial.
O candidato natural é o Recife, que funcionaria como uma âncora assim como Miami, nos Estados Unidos, serve como referência maior do que a Flórida, Estado onde é localizada. “Recife tem aeroporto e é considerado pelo Ministério do Turismo um destino indutor (de fluxo turístico para outras cidades pernambucanas).
Também temos que pensar em atrativos, animação.
Pode ser uma versão de demonstração do Carnaval, com shows de artistas locais.
João Pessoa, depois da BR-101, ficará ainda mais perto e pode disputar turistas conosco.
Temos que pensar em qual será nosso legado.
Até hoje as pessoas lembram de Guadalajara, no México.”