Do site Contas Abertas A publicidade do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apresenta R$ 646 bilhões no período de 2007-2010 a serem aplicados em obras espalhadas por todo o país, inclusive nas áreas de saneamento e habitação, responsáveis por, pelo menos, R$ 150 bilhões deste investimento.

Apesar do programa contemplar 10.914 projetos e atividades, curiosamente, quando o governo realiza a prestação de contas, os números de saneamento e habitação são excluídos do balanço.

Na contabilidade apresentada ontem pela Casa Civil, de um total de 2.446 ações monitoradas, 335 empreendimentos estão concluídos.

Levantamento divulgado pelo Contas Abertas (CA) na última sexta-feira (29) apontou que apenas 3% dos empreendimentos de todos os eixos – infraestruturas logística, energética e social e urbana – estavam concluídos em dezembro do ano passado, após dois anos do programa.

O levantamento incluiu todas as obras do PAC, inclusive as mais de 8 mil obras de saneamento e habitação, ao contrário da contabilidade oficial.

As informações englobam investimentos previstos pela União, empresas estatais e iniciativa privada, no período entre 2007/2010 e pós 2010, e foram levantadas com base nos livretos estaduais produzidos pelo comitê gestor do PAC, disponíveis neste link.

O especialista em finanças públicas José Matias Pereira acredita que em função da representatividade, os setores de saneamento e habitação não deveriam ser deixados de lado. “São dois pesos e duas medidas.

Por detrás das estatísticas sempre está o interesse dos que as produzem.

Por isso, é fundamental que se faça um balanço global de todas as obras anunciadas pelo programa.

Não vejo sentido de selecionar algumas e deixar de lado um setor tão importante quanto é o saneamento e habitação”, afirma o especialista.

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