Agência Senado A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou que 15% das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já estão concluídas.
Mas o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), ao discursar em Plenário nesta quinta-feira (4), declarou que tais dados foram “maquiados”.
Citando informações da organização não-governamental Contas Abertas, ele disse que, na verdade, teriam sido concluídas apenas 3% das obras. - Foi um desempenho pífio, para não dizer um desastre.
Isso revela uma incapacidade de execução das propostas apresentadas - criticou Alvaro Dias.
O senador afirma que a ministra, ao apresentar o balanço do PAC, na última quarta-feira, utilizou um artifício: a exclusão dos empreendimentos em saneamento e habitação.
Segundo ele, essas áreas representam 35% do total de investimentos previstos pelo programa (“um percentual significativo, portanto”), mas nenhuma das respectivas obras teria sido concluída até o momento.
Alvaro Dias lembrou que Dilma Rousseff contestou o Contas Abertas, utilizando argumentos técnicos para explicar a diferença entre os percentuais - como o de que as áreas de saneamento e habitação têm de ser acompanhadas separadamente, porque dependem da adesão e da contrapartida de estados e municípios.
Ele ressaltou, no entanto, que “mesmo que a ministra tivesse razão, 15% é muito pouco”. - Com esse desempenho, o governo federal não alcançará as metas estabelecidas para 2010 - avaliou.
O senador observou ainda que, de acordo com o Contas Abertas, 74% dos cerca de 10.900 empreendimentos previstos pelo PAC “nem sequer saíram do papel nos dois primeiros anos do programa” (o PAC foi lançado no início de 2007). - O governo faz um espetáculo na hora do anúncio, mas não consegue inaugurar - destacou.