Queira ou não queira o prefeito João da Costa, a Qualix não arreda o pé do gerenciamento de lixo na capital.

A empresa é uma das sócias da concessionária Recife Energia, que ganhou licitação na PCR e toca o projeto de construção de uma central de triagem e termelétrica no Estado.

Junto com a Kogenergy (10%) e a Serquip (10%), a Qualix (80%) gerencia um empreendimento inédito no País, orçado em R$ 300 milhões, e assumirá a responsabilidade de tratar 70% dos resíduos produzidos no Recife.

O compromisso com a Prefeitura do Recife foi firmado em janeiro de 2008.

Na semana que vem, a empresa protocola um relatório do estudo de impacto ambiental na CPRH, e, com o aval do órgão, começam as obras. “Depois que sair a licença, temos 24 meses para concluir o projeto.

A previsão é de que isso aconteça no final de 2011”, explica o gerente de engenharia do Recife Energia, Cálicles Mânica.

O projeto do Recife Energia consiste na construção de um centro de triagem que deverá empregar cerca de 300 catadores de lixo - possivelmente remanescentes da Muribeca -, localizada no Engenho Uchoa, às margens da BR-101 Sul, e uma usina termelétrica no município do Cabo, no espaço onde operava uma indústria de solventes.

Com tecnologia americana, italiana e alemã, os dois empreendimentos deverão atender padrões internacionais e prometem revolucionar a forma de tratamento de lixo no País, é o que promete a Recife Energia. “Serviremos de vitrine, portanto, seremos rígidos em atender as exigências ambientais”, garante o gerente de engenharia da empresa, Cálicles Mânica.

No centro de triagem, os catadores são responsáveis por separar o lixo reciclável.

O local terá maquinário de última geração, nos moldes italianos, que irão reaproveitar o chorume e resíduos menores.

O lixo que não é aproveitado segue, em caminhão, direto para o forno de caldeiras da termelétrica.

Faz-se tratamento nos gases, que transformam-se em energia, a ser vendida para indústrias.

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