Da Folha Online A CPI da Petrobras no Senado corre o risco de não ser instalada se governo e oposição não chegarem em um acordo em torno da relatoria da CPI das ONGs, que funciona há mais de um ano na Casa.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), encaminhou pedido nesta terça-feira à Mesa Diretora do Senado para ter de volta a relatoria da CPI das ONGs.
Se não houver acordo com a oposição, Jucá promete recorrer à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e ao plenário para ficar com a relatoria –o que na prática coloca em risco a instalação da comissão antes do recesso parlamentar de julho. “Eu quero tentar resolver esse impasse amanhã por entendimento.
Se não houver acordo, vamos esperar a posição da Mesa.
Depois disso tem recurso.
Se eles não colaborarem, eu vou esperar meses”, afirmou Jucá.
Os governistas estão irritados com a decisão do presidente da CPI das ONGs, Heráclito Fortes (DEM-PI), de designar o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) para a relatoria da comissão.
Virgílio assumiu o cargo depois que Arruda se tornou suplente da CPI das ONGs para assumir uma cadeira de titular na CPI da Petrobras.
O regimento interno do Senado impede que um senador seja titular de duas CPIs simultaneamente, por esse motivo Arruda foi destituído da relatoria da CPI das ONGs.
Os governistas tentaram reverter a manobra atrapalhada e transformaram novamente Arruda em titular da CPI –mas Heráclito disse que não vai voltar atrás e tirar Virgílio da relatoria.
Jucá argumenta que os governistas foram “leais” à oposição quando o senador Raimundo Colombo (DEM-SC) deixou a presidência da CPI das ONGs para se licenciar do mandato.
Na época, Heráclito assumiu a presidência da comissão com o aval dos governistas. “Acordo feito deve ser acordo cumprido.
O acordo com a oposição foi mantido quando o senador Raimundo Colombo saiu da CPI e o Heráclito entrou.
Fui eu quem banquei esse acordo com a oposição na CPI das ONGs, me sinto traído”, afirmou.
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