O Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca deve saltar de R$ 8,6 bilhões em 2009 para R$ 34,3 bilhões em 2030.

A estimativa é do consórcio Projetec & Planave, responsável pela execução do novo Plano Diretor do Complexo Industrial Portuário de Suape, e foi apresentada nessa segunda-feira, à noite, a empresários e executivos pernambucanos.

A estimativa é de que essa área, considerada de influência direta do complexo, tenha um crescimento anual da ordem de 7%.

Um dos consultores do projeto, o economista Valdeci Monteiro, explica que o dinamismo da economia pernambucana deve ser alavancado pelo desenvolvimento de Suape que, mesmo em tempos de turbulência financeira, mantém crescimento.

Segundo ele, o Complexo deve ver revigorados três segmentos que já aqueceram a economia do Estado: petroquímico, metal-mecânico e têxtil, além do setor de alimentos e bebidas.

Uma possibilidade sugerida por Monteiro foi a criação de centrais de armazenagem e logística; de serviço e até mesmo o desenvolvimento de um business center.

Além do crescimento econômico e das potencialidades da área, houve apresentação sobre a infraestrutura de transportes e portuária e o impacto ambiental previsto com o desenho do novo Plano Diretor.

A partir dos dados colhidos e dos seminários apresentados para municípios do território estratégico de Suape e para os empresários locais, o consórcio vai traçar as perspectivas para o futuro.

O novo Plano Diretor está sendo formatado pelo consórcio da empresa carioca Planave com a pernambucana Projetec.

O prazo de conclusão é março de 2010.

O Plano considera essenciais as questões de infraestrutura portuária, planejamento e gestão territorial integrada, infraestrutura de transportes, mercado habitacional, gestão do complexo, aspectos econômicos e empresariais, ambientais, sociais, patrimônio histórico-cultural, saneamento ambiental, suplementos de utilidade, segurança e serviços locais complementares.

Cada tema deve ter um estudo específico em todas as etapas do Plano Diretor.

Após trinta anos, o Complexo de Suape ganha um novo Plano Diretor, agora levando em consideração um novo cenário.

Uma das principais diferenças é o próprio dinamismo da economia daquela área.

O primeiro plano diretor foi realizado ainda sem a existência do porto e do complexo propriamente dito, mas apenas com a área destinada a essas finalidades.

Há também o componente logístico como uma grande novidade neste segundo momento.

Diferente de 30 anos atrás, hoje se trabalha com a ideia de sistemas multimodais de transporte.

O que coloca os portos como estratégicos nesse panorama. É assim que o Porto de Suape deverá assumir a função de hub port, ou seja, um porto concentrador de cargas.