Economia/JC A diretoria do Estaleiro Atlântico Sul continua reivindicando ao governo de Pernambuco que acelere a solução do problema da via de acesso ao empreendimento.
O compromisso de construção de uma via definitiva foi firmado desde o governo anterior, mas o EAS continua sendo atendido por um acesso provisório, que só permite o tráfego de um veículo grande por vez.
A solicitação do estaleiro é que o governo volte a fazer manutenção num acesso antigo (que precisou ser desativado por causa da estrutura de solo de mangue, que não permitia o tráfego de grandes veículos).
Esse acesso serviria para o transporte de carros de passeio e desafogaria a via provisória. “O que estamos pedindo ao governo é velocidade na resolução do assunto.
Temos participado de reuniões com o governador Eduardo Campos e com o secretário Fernando Bezerra Coelho (Desenvolvimento Econômico) para colocar o nosso desconforto”, observa o presidente do EAS, Angelo Bellelis.
Hoje, o empreendimento é atendido por um enrocamento de pedras construído sobre o Rio Tatuoca, que custou cerca de R$ 3 milhões aos cofres públicos.
De acordo com informações da segurança patrimonial do estaleiro, uma média de 1.200 veículos cruzam, diariamente, o acesso provisório.
Só o número de ônibus chega a 160, fazendo o transporte dos 8.000 trabalhadores da obra e da operação do EAS. “Nós entendemos que o governo teve problemas com a licitação e com a necessidade de modificação do traçado, em função do acesso antigo estar numa região inadequada de mangue.
Também entendemos que o acesso precisa contemplar o novo plano diretor de Suape, mas nós também precisamos de velocidade, porque cada dia tem mais gente vindo para cá, cruzando esse enrocamento”, frisa Bellelis.
O diretor de Engenharia e Meio Ambiente de Suape, Ricardo Padilha, explica que a manutenção no acesso antigo não está sendo realizada em função do período chuvoso. “Já investimos cerca de R$ 400 mil nesse trabalho de manutenção, mas temos dificuldade nesse período de chuva”, reforça.
Padilha afirma que o governo deve relançar ainda esta semana a licitação para escolher a empresa responsável pela obra do acesso definitivo ao estaleiro.
A concorrência foi suspensa porque a própria administração de Suape decidiu modificar algumas especificações técnicas do projeto executivo que alterariam a obra.
O diretor acredita que, mesmo com os atrasos, a obra definitiva do acesso deverá ser entregue em agosto de 2010.
Enquanto isso, o estaleiro vai continuar convivendo com o desconforto dos congestionamentos. (A.G)