Os professores particulares de Pernambuco também entraram em greve por tempo indeterminado na manhã desta segunda-feira (1º).
No início da manhã, professores fizeram piquetes em frente às escolas e depois se reuniram em assembleia.
Os líderes da paralisação esperam atingir 80% das escolas particulares em todo o Estado. “A ideia é que de 6 a 7 mil professores parem”, informou o diretor jurídico do Sindicato dos Professores no Estado de Pernambuco (Sinpro), Fábio Emanuel Couto.
A greve deve prejudicar - e muito - os alunos do ensino médio que terão de fazer as provas do novo Enem já no mês de outubro. “Apresentamos pauta de negociação e não houve avanço.
Já estamos na sétima rodada de negociação e nada.
Esperamos agora uma resposta oficial e avanço nas propostas”, disse o representante do Sinpro.
O principal motivo da paralisação é a transferência das férias dos professores de julho para janeiro.
A mudança foi apontada pelos donos de escolas como necessária para que se cumpra o programa para o Enem. “(Com a mudança) perdemos sete cláusulas da Convenção Coletiva do Trabalho.
Dentre as mais importantes, está a questão da estabilidade do professor, que garante que ele não pode ser demitido no período de férias.
Nós perdemos isso (o benefício) com a transferência”, explica Fábio Emanuel.
O diretor jurídico disse ainda que, perdendo essa estabilidade, os professores podem ser demitidos em qualquer época do ano e, em janeiro, dificilmente conseguem emprego, pois as equipes já estão fechadas.