Do Portal Imprensa Na última quarta-feira (27), a 7ª Câmara do Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária (Conar) se reuniu para decidir se a campanha da Brahma com o jogador Ronaldo Nazário, do Corinthians, é ou não irregular.

No dia 20 de abril, o órgão recebeu e acatou denúncia feita pela cervejaria Schincariol, concorrente da Brahma, contra a propaganda.

Participaram da reunião os conselheiros José Maurício Pires Alves, Luiz Roberto Valente Filho, Manuel Zanzotti, Marcel Sacco, Mariângela Vassallo, Marisa D´Alessandri, Oscar de Mattos Jr., Paulo de Tarso Nogueira, Raul Orfão Filho, Ricardo Amaral Silveira, Rodrigo Lacerda e Rogério Salgado.

Em votação, eles decidiram, por maioria de votos, pela sustação para a primeira versão do anúncio, arquivamento para a segunda - que mudava apenas a fala do jogador - e advertência à Brahma.

Para a Schincariol, o uso de Ronaldo na campanha vincularia o sucesso ao consumo de cerveja.

Além disso, o forte apelo do jogador junto às crianças impediria sua participação em comerciais de bebida alcoólica.

No dia 15 de maio, do Ministério Público Federal em São José dos Campos, no interior de São Paulo (SP), ajuizou uma ação civil pública contra a Ambev e a África Publicidade pela veiculação da propaganda.

Na ação, o MPF-SP pedia uma indenização tanto à Ambev quanto à agência, alegando que a propaganda fere o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, além de desrespeitar o princípio da responsabilidade social e incentivar as pessoas, sobretudo os jovens, a consumirem bebidas alcoólicas.

De acordo com o MPF, o valor a ser pago pelas empresas deve ser proporcional ao montante envolvido na campanha.

Na ocasião, criadores da campanha afirmaram no site da Ambev que o comercial teve o intuito de “apresentar o craque como um exemplo brasileiro, um batalhador, que cai, se levanta e segue em frente com otimismo, assim como todo brasileiro”.