Da Agência Senado O comando da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras deverá ser definido no início da próxima semana, com a eleição, na terça-feira (2), às 14h, do presidente e do vice-presidente da comissão e a indicação do relator, em reunião que será presidida pelo senador Paulo Duque (PMDB-RJ), o parlamentar mais idoso da CPI.

Até o fim da manhã desta sexta-feira (29) ainda não havia confirmação sobre candidatos à presidência e vice-presidência da comissão.

Foram apontados como possíveis indicados à presidência a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) e o senador João Pedro (PT-AM).

Já como candidato a relator, o nome mais cotado tem sido o do senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Mas não há nenhuma indicação oficial, nem acordo para ceder à oposição a presidência da comissão.

Os partidos oposicionistas, DEM e PSDB, ainda pressionam por um acordo que daria a presidência da CPI ao senador Antonio Carlos Junior (DEM-BA).

Nesse sentido, realizaram “obstrução seletiva” nas votações ao longo dessa semana e conseguiram, na quarta-feira e quinta-feira (27 e 28), impedir por falta de quórum a votação da medida provisória que criaria o Fundo Soberano (MP 452/08).

Na quarta-feira, porém, a oposição garantiu número para aprovação de três outras MPs: a que aumentou o salário mínimo, a que concedeu R$ 100 bilhões de crédito ao BNDES e uma terceira que garantiu benefícios a alunos do ensino fundamental e médio.

A oposição cogita lançar a candidatura de Antonio Carlos Junior (DEM-BA) à presidência da comissão mesmo com poucas chances de vitória, uma vez que o governo tem oito das 11 vagas da CPI.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), autor do requerimento de criação da comissão, defendeu o lançamento do que chamou de uma “anticandidatura” da oposição.

Alvaro afirmou ainda à imprensa que o PSDB planeja ao fim da CPI enviar ao Ministério Público as investigações que apresentarem indícios mais fortes de irregularidades, independente do que apontar o relatório final da CPI.

Para o senador, essa seria uma forma de fazer valer a voz da oposição, apesar de maioria governista na CPI.

Os nomes dos parlamentares que comporão a CPI foram oficializados pelos líderes partidários entre a noite de terça-feira (26) e a manhã da quarta (27).

São eles: pelo Bloco de Apoio ao Governo serão titulares Ideli Salvatti (PT-SC), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e João Pedro (PT-AM).

Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Delcídio Amaral (PT-MS) atuarão como suplentes (anteriormente, o governo havia anunciado que Arruda seria o titular e Crivella o suplente).

Pelo Bloco da Maioria, foram indicados como titulares Paulo Duque, Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Romero Jucá (PMDB-RR).

Para suplentes, Valdir Raupp (PMDB-RO) e Almeida Lima (PMDB-SE).

O PTB indicou o senador Fernando Collor (PTB-AL) para titular e Gim Argello (PTB-DF) para suplente.

O PDT, que só tem direito a um titular, indicou Jefferson Praia (PDT-AM).

O PSDB e o DEM, que integram o Bloco Parlamentar da Minoria, indicaram em conjunto os senadores Sérgio Guerra (PSDB-PE), Alvaro Dias (PSDB-PR) e Antonio Carlos Junior (DEM-BA).

Os suplentes serão Heráclito Fortes (DEM-PI), Tasso Jereissati (PSDB-CE).