Do Comunique-se O presidente venezuelano Hugo Chávez quer que autoridades de diferentes poderes do Estado ajam contra os veículos de imprensa que “envenenam” o país.

Durante seu programa de rádio e TV “Alô, presidente!”, ele deixou claro que aqueles que não tiveram “coragem” para fazer isso devem renunciar, deixar seus cargos ou serem substituídos por quem possa agir como está dizendo. “Este problema é de todos, de toda a sociedade.

Vou esperar que cumpram o que têm de cumprir”, mas, “se não acontecer o que tem de acontecer, eu mesmo terei de atuar”, completou, lembrando do que já havia dito anteriormente, que o objetivo de alguns veículos de comunicação é “incitar” um magnicídio.

Ele ordenou que o ministro de Habitação e Obras Públicas, Diosdado Cabello, e os chefes da Procuradoria, do Supremo Tribunal e do Conatel, órgão que regula a imprensa, “cumpram sua obrigação perante o povo, já que foram nomeados para isso”.

Chávez não citou no nome de nenhum veículo de comunicação, mas disse que Guillermo Zuloaga, presidente da Globovisión, que faz oposição a seu governo, “é um mafioso”.

Acusação O Ministério Público acusou nesta quinta-feira Zuolaga pela ocultação de 24 veículos para promover especulação de preços.

Durante uma operação policial, realizada na semana passada, esses carros foram confiscados em sua residência.

O empresário também é sócio de duas concessionárias Toyota.

A acusação é de que ele não botou os carros à venda para se beneficiar da escassez de carros no mercado.

O presidente do canal oposicionista negou que tenha feito especulação de preços e afirmou ser vítima de perseguição pela linha adotada pela Globovisión, contrária ao governo de Chávez.