As contas da Prefeitura do Recife e da Câmara Municipal fecharam o quadrimestre com dinheiro em caixa.

Enquanto a Prefeitura economizou R$ 211,5 milhões, a Câmara atingiu R$ 3,440 milhões.

Dos R$ 759 milhões previstos pela Prefeitura para o período foram executados R$ 547,5 milhões.

O orçamento total da Prefeitura é de R$ 2,343 bilhões para este ano e os investimentos previstos são da ordem de R$ 387,1 milhões.

Até o momento foram executados R$ 33,7 milhões.

Já a Câmara gastou até agora R$ 22,8 milhões dos R$ 26,2 orçados.

Os números foram apresentados pelo secretário de Finanças do município, Marcelo Barros, na audiência pública realizada nesta sexta-feira (29) pela Comissão de Finanças, presidida pelo vereador Carlos Gueiros (PTB).

Gueiros salientou que a economia feita pelo legislativo será de R$ 945 mil neste ano. “A Câmara teve orçamento legal aprovado de R$ 78,7 milhões, mas fez revisão com cortes aprovando despesas na ordem de R$ 77,8 milhões.

A economia está em sintonia com o momento atual de crise financeira e demonstra o esforço do legislativo no sentido de evidenciar transparência em suas contas.

O dinheiro do contribuinte merece zelo e respeito”.

Já o secretário de Finanças ressaltou que a economia feita pela Prefeitura está em consonância com o momento de crise, mas frisou que os cortes foram feitos no custeio da máquina sem prejuízo de pessoal ou de investimentos em obras.

Barros adiantou que as operações de crédito com o BNDES não foram realizadas ainda devido a entraves burocráticos que já estão sendo resolvidos. “Dos R$ 139 milhões previstos só foram tomados emprestados cerca de 12%.

O dinheiro desses créditos serão aplicados em projetos estruturadores como o da Comunidade do Pilar, Via Mangue, Capibaribe Melhor entre outros”.

O secretário explicou ainda que do total orçado para pagamento de pessoal, R$ 936,5 milhões, foram executados R$ 266,8 milhões.

Gueiros lamentou que neste quadrimestre houve ligeiro aumento de gastos. “Dos 33,33% previstos foram realizados 33,64% quando já tivemos quadrimestres que alcançaram 40% de realizações financeiras.

Ele acredita que seja reflexo da queda de arrecadação do IPTU ou fruto da inadimplência das famílias que podem estar adiando suas contas”.

Barros lembrou que de fato houve queda na arrecadação mas a arrecadação do ISS vem apresentando aumento, provavelmente em virtude da nota fiscal eletrônica. “A partir do segundo semestre deveremos ter um horizonte mais claro da crise e da arrecadação.

Esperamos que não seja inadimplência e só adiamento das contas”.