Da Folha Online, em Brasília O Senado aprovou nesta quarta-feira a medida provisória que aumenta o salário mínimo de R$ 415 para R$ 465.
Apesar de o valor estar em vigor desde fevereiro deste ano, somente agora o Congresso oficializou o reajuste ao salário –uma vez que a MP entra em vigor no dia em que é editada pelo presidente da República, mas precisa do aval do Legislativo para ser promulgada.
A oposição suspendeu a obstrução aos trabalhos do Senado para votar a MP do salário mínimo –além de outras duas medidas provisórias que regulamentam a merenda escolar e liberam crédito ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Depois de ameaçar obstruir todas as votações no plenário do Senado irritados com a postura do governo na CPI da Petrobras, líderes do DEM e PSDB fecharam acordo com os governistas para votar MPs que consideram de “interesse relevante” ao país. “Nós sugerimos inverter a pauta para votarmos essas matérias.
Vamos votar contra o salário mínimo, a merenda escolar?
Não.
Nós mantemos nossa obstrução à medida provisória que cria o Fundo Soberano porque isso não é de interesse do país”, disse o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).
As três MPs perdem a validade na próxima segunda-feira, por isso a oposição decidiu colocá-las em votação nesta terça-feira.
Agripino disse que o DEM e o PSDB não queriam ser acusados de derrubar o novo valor do salário mínimo, que pulou de R$ 415 para R$ 465. “Iam nos culpar.
Invertemos a pauta para colaborar com matérias do interesse nacional”, afirmou Agripino.
A oposição anunciou a obstrução às votações em represália à decisão da base aliada governista no Senado de ficar com a presidência e a relatoria da CPI da Petrobras.
O DEM indicou o senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (BA) para a presidência da comissão, mas o governo não abriu mão de acumular os dois cargos de comando da comissão.