As complicações da área de saúde em Pernambuco são o mote da nova inserção comercial que o Democratas veicula a partir da noite de hoje.
De acordo com o partido, “o vídeo de 30 segundos mostra o descompasso entre as promessas feitas pelo então candidato Eduardo Campos na campanha de 2006 e a realidade que o setor vive na atual gestão”. “A idéia é mostrar o grave desrespeito cometido por ele, uma vez que prometeu o melhor dos mundos na saúde e o que vemos hoje é um estado caótico de coisas na saúde”, ressaltou a líder do Democratas na Assembléia, Miriam Lacerda, ao apresentar o comercial.
As inserções começaram com o senador Marco Maciel mas a partir de hoje o partido vai abrir espaço para o trabalho da bancada na Assembleia “no sentido de denunciar os erros do atual governo”, segundo informaram.
O filme mostra recortes de jornais com matérias alusivas à situação das unidades de Saúde na Região Metropolitana e Interior e cobra promessas feitas pelo governador como os três novos hospitais públicos. “Esse é mais um retrato do descompasso entre o discurso e a prática, pois já passaram 3 anos e meio de governo e ele ainda nem entregou o primeiro hospital”, afirmou o líder da Oposição, Augusto Coutinho. “Quando o governador foi eleito, criou uma expectativa muito grande sobre a área da saúde, e o que vemos hoje é uma frustração de toda essa expectativa”.
Augusto Coutinho diz que “o problema do atual governo na área de saúde é um misto de falta de gestão e falta de sensibilidade”. “Primeiro colocaram um secretário que não funcionou, substituindo-o pelo vice-governador, que também ainda não disse a que veio.
Além disso a relação do governo com o servidor é complicadíssima, o que acaba acarretando em problemas para quem está sendo atendido nas unidades do Estado”, disse.
Os deputados denunciam ainda irregularidades nas principais unidades de saúde do Estado. “O quadro é desesperador.
No Hospital de Arcoverde existe um tomógrafo – doado pelo executivo Marcos Magalhães, da Phillips – que está quebrado há um ano e quatro meses e todas as ambulâncias estão quebradas.
O Mamógrafo do Hospital Getúlio Vargas também está quebrado mais de um ano”, enfatizou Miriam.
Coutinho prosseguiu: “O Hemope era o único hospital público que realizava transplante de medula óssea.
Hoje a atividade foi paralisada e, das 93 pessoas que precisam do procedimento, 23 já têm doador definido e não podem se curar.
O andar da pediatria do Hemope também está fechado e no Procape falta material até para os cateterismos”.