O deputado federal Fernando Ferro (PT) liderou nesta segunda-feira (25) o ato de repúdio contra a CPI da Petrobras, realizado no plenário da Câmara do Recife.

Compareceram os vereadores Jurandir Liberal (PT), que presidiu a sessão, Inácio Neto (PTN), Luiz Eustáquio (PT), Estéfano Menudo (PHS) e Aerto Luna (PRP).

Outros três deputados federais, Fernando Nascimento (PT), Pedro Eugênio (PT) e Paulo Rubem Santiago (PDT), também participaram, além do secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, e do ex-prefeito do Recife, João Paulo. “Esta CPI surge no momento em que vamos discutir a lei do pré-sal para propor mudanças na exploração de petróleo.

E também surge quando se discute a candidatura da ministra Dilma Rousseff à presidência da República.

Ela é do Conselho Administrativo da Petrobras e a intenção é desmoralizar a estatal.

Esta é uma luta política, a que devemos estar atentos”, disse o deputado Fernando Ferro (PT).

O presidente estadual do PT, Jorge Perez, propôs a criação de um comitê de defesa da Petrobras, aglutinando entidades e políticos para fazer vigília durante a CPI. “Vamos repercutir essa manobra política nas câmaras municipais de todo o Estado.

Vamos fazer reuniões para articular um movimento amplo contra esta CPI e promover um debate político”, afirmou.

Antes do ato de repúdio no plenário, os sindicatos dos Petroleiros de Pernambuco e da Paraíba fizeram uma manifestação em frente ao prédio da Câmara Municipal do Recife, às 9h, com carros de som, faixas e distribuição de panfletos.

As faixas diziam: “Parar a Petrobras é parar o Brasil”.

O deputado Pedro Eugênio afirmou que o objetivo da CPI é criar “um clima de desconfiança para solapar o novo modelo de exploração de petróleo no Brasil.

Uma iniciativa que bate em Pernambuco porque enfraquece o processo de instalação da Refinaria Abreu e Lima”.

Já o ex-prefeito João Paulo conclamou as pessoas presentes a “ganhar as ruas do Brasil inteiro” em favor da Petrobras e contra a CPI. “O governo Lula valorizou a Petrobras e implantou uma gestão de sucesso, aumentando o lucro e o patrimônio.

A CPI tem como objetivo final inviabilizar o projeto de continuidade do governo Lula. É uma CPI eleitoreira”, garantiu.

O secretário Humberto Costa ressaltou a importância do ato de repúdio e lembrou o histórico da Petrobras. “Não somos contra as investigações, mas a oposição de direita quer a CPI para servir de palanque eleitoreiro.

A direita quer colocar o interesse eleitoral antes do interesse do País.

Precisamos estar alertas pra este momento que o País está vivendo.

A direita vai perder no debate político e também nas eleições”, assegurou.

O deputado Paulo Rubem Santiago disse que estava se somando “aos partidos e sindicalistas que sempre defenderam o desenvolvimento do País”.

E informou que o PDT vai realizar um debate em cadeia nacional, pela TV Câmara, nesta quarta-feira, das 9h às 13h, para discutir a CPI da Petrobras.

O deputado federal Fernando Nascimento disse que “este é um ato patriótico, em favor de uma empresa que pertence a 190 milhões de brasileiros”.

Nessa mesma linha de patriotismo, o ato de repúdio foi encerrado com o Hino Nacional.

Estiveram presentes representantes dos sindicatos dos Gráficos, SindPD, Sintrajuf, de Bebidas, dos Professores, Borracha, Servidores Federais, Radialistas, Petroleirtos de Penambuco e da Paraíba, CUT e MST.

Também participaram diretores da Copergás e dirigentes da Igreja Anglicana.

No Recife, deputados e sindicalistas protestam contra CPI da Petrobras