Da Agência Brasil Petroleiros e representantes de movimentos sociais de diversos estados brasileiros realizaram hoje (21) um ato na Candelária, no centro do Rio, em protesto contra a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar denúncias de irregularidades na Petrobras.

Logo depois, o grupo seguiu em passeata pela Avenida Rio Branco até a sede da Petrobras, na Avenida Chile, onde deu um abraço simbólico no prédio da empresa.

Os manifestantes ocuparam três das quatro faixas da Avenida Rio Branco, provocando um grande engarrafamento.

O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, João Antônio de Moraes, disse que o objetivo da manifestação também é defender uma nova lei para o petróleo brasileiro, “que controle essa riqueza, principalmente após a descoberta da camada de pré-sal, que representa a maior reserva de petróleo descoberta desde o início dos anos 80”.

Para Moraes, a criação de uma CPI para investigar a Petrobras, neste momento, é “uma pedra no caminho, porque a Petrobras é símbolo de luta”. “A empresa representa algum controle que o povo tem sobre essa riqueza.

Efetivamente, paralisar a Petrobras pode significar deixar as multinacionais à vontade para explorar cada vez mais o nosso petróleo.” Segundo o coordenador-geral, o ato faz parte da campanha unitária, que pretende fazer um grande mutirão nacional para debater a necessidade do controle público do petróleo e gás.

Para isso, os manifestantes coletam assinaturas, desde o ano passado.

A expectativa é que 1,3 milhão de pessoas assinem a lista, número necessário para enviar um projeto de lei de iniciativa popular ao Congresso Nacional.

Moraes explicou que a proposta vai estabelecer a consolidação do monopólio estatal do petróleo, a reestatização da Petrobras e o fim das concessões brasileiras de petróleo e gás.

O documento também será enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.