Como o pai enlutado, também não conheço o secretário de Defesa Social, Servilho Paiva, mas, sem entrar no mérito da eficácia ou não do Pacto pela Vida, por uma questão de Justiça e amor à verdade, é preciso sair em defesa do auxiliar do governador, para tentar esclarecer um aspecto de sua polêmica fala, na semana passada.

Servilho diz que “não podem transformar isso (assassinato de Igor) num pandemônio”.

Duque reclama que as declarações dele foram, diante de uma família enlutada, de muito mau gosto.

Eu e minha auxíliar aqui no Blog, Carol Carvalho, estávamos presentes à audiência pública que debateu o Pacto pela Vida, na Assembléia Legislativa, quando o secretário fez a intervenção, ocorrido um dia seguinte ao assassinato do jovem Igor.

Não se dirigia à família enlutada.

Nem poderia.

O pedido para que não se criasse o tal pandemônio foi uma resposta ao deputado tucano Pedro Eurico, que pediu a palavra na sessão e criticou o pacto dizendo que os seus resultados eram pífios.

Eurico fez a sua crítica e saiu em seguida, de forma intempestiva, um tanto quanto teatral, alegando que era amigo da família e iria prestar condolências pessoalmente, no velório do garoto.

Neste aspecto, Servilho Paiva está coberto de razão.

Não é aceitável que se busque dividendos políticos ao tratar de um tema tão dramático como segurança pública em nosso Estado.

O JC mandou repórter para o evento.

Qualquer um pode pedir a cópia das fitas e ver que o contexto é o que eu relato aqui.