Sem entrar no mérito dos questionamentos que o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho (PSB), está fazendo aos senadores pernambucanos, Jarbas Vasconcelos (PMDB), Sérgio Guerra (PSDB) e Marco Maciel (DEM) sobre a CPI da Petrobras, de forma legítima, afinal representa parte das forças políticas, fica cada dia mais evidente que FBC viu na polêmica um cavalo para cavalgar sua candidatura ao Senado.
Nesta quarta-feira o socialista reafirmou que os três adversários políticos estão agindo sob efeito de um “mero jogo eleitoral” e que Guerra foi além, descumprindo um acordo firmado com lideranças partidárias no sentido de deflagrar ou não a CPI.
O trato seria no sentido de cogitar a abertura de uma comissão de investigação apenas após uma conversa com o presidente da Petrobras, Sérgio Grabrielli.
Pelas declarações, fica claro que só o socialista defende os interesses do Estado e não tem objetivos eleitorais.
Na maior provocação, feita ao senador Marco Maciel, o secretário de Desenvolvimento Econômico acusa-o de não ter ajudado em nada nas obras da refinaria durante o período em que foi vice-presidente da República do governo FHC. “Maciel passou oito anos na vice-presidência e não viabilizou o projeto da Refinaria Abreu e Lima.
Agora, ele quer, no mínimo, atrasar as obras.
Não sei o que está por trás disso”, reclamou.
Os dois são tricolores, ao menos.