O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PTB), voltou a afirmar, nesta terça-feira, que a briga que ocorre na Câmara Municipal por causa de uma proposta oposicionista para instalar uma CPI é um assunto interno da Casa.

Cabral, no entanto, considera legítima a reação dos vereadores contra o colega José Arimatéia (PMN), que foi às rádios locais denunciar compra de votos contrários à CPI por parte do Executivo.

Por conta disso, Arimatéia foi alvo de uma queixa crime e pode sofrer um processo de perda de mandato por falta de decoro parlamentar. “Os vereadores tem o direito legítimo de se defender contra uma calúnia.

E a reparação se busca da na Justiça.

Eu também posso acionar a justiça na hora oportuna.

Quem acusa tem que provar”, afirmou o prefeito, que considerou a questão da CPI uma tentativa frustrada de antecipar o debate eleitoral por parte do PPS e do PMN, agora na oposição.

Ele lamentou o rumo que as coisas chegaram e criticou a postura de José Arimatéia, ex-secretário de Educação do primeiro governo de Lula Cabral e eleito com o apoio do prefeito. “Ele trabalhou comigo, foi um dos meus auxiliares e me conhece o bastante para saber como eu ajo.

Ele sabe que esse tipo de acusação não tem nenhum fundamento.”, disse Lula Cabral.

Essa semana, José Arimatéia recuou na acusação feita à Rádio Calheta e disse ter apenas “repetido o que se ouve nas ruas”.