A crise econômica mundial já causa efeitos diretos nas finanças do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
A partir da queda da receita líquida corrente do Governo do Estado, no primeiro quadrimestre deste ano, o MPPE anunciou hoje um corte no orçamento anual aprovado em dezembro passado.
Após reunir-se com o governador Eduardo Campos, o procurador-geral de Justiça Paulo Varejão anunciou no final da tarde desta terça-feira (19), uma política de contenção de despesas que passa a ser adotada em toda a Instituição.
Além da campanha “Corte os custos”, direcionada à redução das despesas com energia elétrica, água, ligações telefônicas e materiais de expediente, a Procuradoria Geral de Justiça também vai cortar despesas com passagens aéreas, diárias e combustível, além de suspender a contratação de pessoal e aquisição de equipamentos. “O momento é da maior gravidade e precisamos nos adequar a este cenário de crise econômica”, advertiu Varejão.
O anúncio foi feito depois da reunião que o procurador-geral manteve com os secretários estaduais Djalmo Leão (Fazenda) e Geraldo Júlio (Planejamento) e o secretário-executivo do Tesouro do Estado, Lincoln Santacruz.
Do encontro realizado no gabinete da Procuradoria Geral participaram, ainda, os promotores de Justiça Ricardo Coelho (chefe de gabinete) e Sueli Gonçalves (secretária-geral). “Se os ordenadores de despesas do MPPE já otimizavam nossos recursos, esses cuidados precisam ser redobrados a partir de agora”, acrescentou Ricardo Coelho.
Paulo Varejão ponderou que o momento de crise que o país atravessa não deve gerar pânico e sim mais cautela. “Estamos dando exemplo, ao tomar todas as medidas necessárias para assegurar o bom funcionamento do Ministério Público e garantir os salários em dia dos membros, servidores, estagiários e funcionários terceirizados”, acentuou.