O vereador José de Arimatéia (PMN), alvo de queixa-crime por parte de nove colegas na Câmara de Vereadores do Cabo, defendeu-se das acusações em conversa há pouco com o Blog de Jamildo, e disse ter sido ofendido por um dos parlamentares nesta manhã.

Ao final da sessão extraordinária da Câmara, teria sido chamado de “quenga, bandido e vagabundo”, pelo vereador José Rafael do Nascimento (PTB), ao denunciar que a esposa do companheiro era funcionária da Câmara.

A confusão começou após declarações de Arimatéia a uma rádio local. “Falei que o povo dizia nas ruas que cada vereador tinha recebido R$ 45 mil para não aprovar CPI contra o prefeito Lula Cabral. É a conversa que rola na praça, pessoalmente não acredito que isso seja verdade, só falei o que as pessoas comentam por ai”, disse.

A afirmação provocou a sessão extraordinária desta manhã e mobilizou os vereadores a entrar com queixa-crime na delegacia.

Também vão representar Arimatéia por quebra de decoro parlamentar.

Já o desentendimento com o vereador José Rafael do Nascimento (PTB) aconteceu logo ao fim da sessão. “Perguntei se eles queriam realmente discutir sobre decoro.

Falei da esposa de José Rafael nomeada na Câmara, o que configura nepotismo.

Foi quando ele me xingou, tenho isso gravado e vou até a delegacia denunciá-lo”, afirmou.

Eleito na base de Lula Cabral, Arimatéia disse ter rompido com o prefeito após discordâncias com a gestão.

O pedido de instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi motivado por investigação do Ministério Público de Pernambuco, que constatou fraude em processo licitatório.

Segundo Arimatéia, nove vereadores teriam desistido da CPI após almoço com o prefeito Lula Cabral.

No Cabo, vereadores apresentam queixa contra colega que acusou aliados de Lula Cabral de receberem grana para barrar CPI