Na Agência Brasil Brasília - A arrecadação federal encerrou o primeiro quadrimestre de 2009 com queda real de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo números divulgados há pouco pela Receita Federal, entraram R$ 218,8 bilhões no caixa do governo entre janeiro e abril, contra R$ 235,5 bilhões obtidos nos quatro primeiros meses de 2008.

Os valores são corrigidos pela inflação oficial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em abril, a arrecadação somou R$ 57,6 bilhões, contra R$ 63 bilhões obtidos no mesmo mês do ano passado.

Levando em consideração o IPCA em 12 meses, a queda foi de 8,5%.

Foi o sexto mês consecutivo que as receitas tiveram queda na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com a Receita, os principais fatores para a queda no primeiro quadrimestre foram a redução na lucratividade das empresas, da produção industrial e a desaceleração das vendas entre janeiro e março.

Isso porque a arrecadação em abril reflete os fatos geradores no mês anterior.

As desonerações postas em prática pelo governo para estimular a economia também contribuíram para o resultado.

A maior queda foi observada no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a venda de automóveis, cuja receita caiu 83,74%.

Desde dezembro do ano passado, os veículos com até duas mil cilindradas estão sendo vendidos com redução no imposto.

A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), imposto cobrado sobre os combustíveis, também fechou os quatro primeiros meses do ano com queda de 82,54% em relação a 2008.

Essa diferença, segundo a Receita, deve-se à redução da alíquota sobre o metro cúbico da gasolina e do diesel, em maio do ano passado.

Por causa da queda nos lucros das empresas, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) fechou os quatro primeiros meses de 2009 com queda real de 10,78%.

As receitas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) registraram alta real de 3,72%, mas a Receita alega que esse crescimento decorreu do aumento da alíquota de 9% para 15% para as instituições financeiras.