Do Blog de Josias Rompeu-se a unidade de tucanos e ‘demos’ na ação legislativa.
Os dois maiores opositores de Lula já não falam a mesma língua.As relações entre PSDB e DEM vêm se esgarçando há tempos.
Os arranhões converteram-se em ferida exposta na última quinta (14).
No atacado, puseram-se de acordo em relação à CPI da Petrobras.
No varejo, conduziram no Senado estratégias bem diferentes.
Com a tropa dividida, o DEM referendou o acordo que adiava a CPI.
Topou ouvir a Petrobras antes de deliberar sobre a investigação.
Lanças em punho, o PSDB vetou o acerto.
E pôs de pé a CPI.
José Agripino Maia e Arthur Virgílio não se falam faz quatro dias.
Antes, eram vistos como unha e cutícula.
Agora, nem tanto.
Em privado, o líder do DEM tachou a reação tucana de “juvenil”.
Comparecera à reunião que resultou no acordo com procuração do PSDB.
Virgílio o autorizara a falar em seu nome no colégio de líderes.
Comunicado acerca do resultado, o líder tucano reagiara bem.
Depois, Virgílio foi empurrado para o dissenso por sua bancada.
Os líderes do DEM e do PSDB sabem que tem contas a ajustar.
Mas intuem que o tema, por delicado, exige o olho no olho.Por isso recusam a conveniência de uma conversa telefônica.
Agripino passa o final de semana em Natal (RN).
Virgílio aproveita a folga para visitar áreas alagadas do Amazonas.
Prevêem para terça (19), em Brasília, o desbaste das arestas.
O mais provável é que a conversa resulte em panos quentes.
PSDB e DEM tem encontro marcado na sucessão presidencial de 2010.
Por isso, convém a ambos mandar para baixo do tapete as divergências.
Mas o tapete ficou pequeno.
Pedaços das diferenças estão expostas ao redor.
Começaram a vazar pelas bordas na já remota batalha da CPMF.
Os ‘demos’ trazem atravessada na traquéia um quase-recuo dos tucanos.
Na madrugada que antecedeu a votação, o PSDB acertara-se com o governo.
Depois, num diálogo com o travesseiro, Virgílio se deu conta do inusitado do gesto.
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