O diretor médico do Hospital da Restauração, Elder Corrêa, aproveitou o seminário Conhecendo o SUS 2009, realizado pela Secretaria de Educação na Ilha de Itamaracá, para negar que haja falta de leitos nas emergências do Estado. “Muitas mortes acontecem pela gravidade da doença e não porque a pessoa estava fora da UTI.

Temos que analisar caso a caso.

Não existe morte só dentro da UTI.

Há muitas pessoas que estão em estado terminal.

Algumas patologias são incompatíveis com a vida.

Assim, grande parte das vezes, não é por falta de leitos. É que a letalidade da doença é alta mesmo”, afirmou, de forma destemida. “A UTI não vai alterar a cura de uma doença”, diz o médico, que acaba de assumir o posto e tem especialidade justamente em terapia intensiva.

No seminário, médico também comentou a promessa de melhoria das condições de atendimento, com a reforma na saúde. “A humanização só virá com o desafogo das emergências.

Com maca zero nos corredores.

Com uma boa rede de referência, onde o HR cuide prioritariamente de traumas e neuro-cirurgia.

Não tem como ser em um curto espaço de tempo, mas vamos chegar lá.

A família vai ser acolhida na porta”, diz, reconhecendo que as condições de atendimento atuais não são as ideais.

Quem tiver dúvidas de que o novo gestor pode dar um jeito no HR, é preciso tomar conhecimento de que o médico tem as mesmas funções no Hospital Português.

No mesmo seminário, a responsável pela central de admissão nas UTIs, chamada de regulação, Zelma Pessoa, anunciou que o governo do Estado lançou nesta sexta-feira licitação para a implantação de mais 40 leitos de UTI ainda este ano.

Estão previstas 75 novos leitos, sendo 10 no Hospital Corrêia Picanço, 16 pediátricas no Otávio de Freitas, nove neo-natais no Barão de Lucena e 40 na rede complementar.

Dirigente do HR é defensor da distanasia, que preconiza a morte natural