Em audiência, na Assembleia Legislativa, o Estado não citou que queda de homicídios no 2º ano do programa ficou em 2,2%, quando meta era de 12% Eduardo Machado, no Caderno de Cidades do JC de hoje O balanço de dois anos do Pacto pela Vida, divulgado por quatro secretários, na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa, não incluiu o índice de redução de homicídios alcançado pelo programa estadual de enfrentamento da violência.

Em um documento de 33 páginas, apresentado pelo secretário de Planejamento, Geraldo Júlio, gestor do pacto, não há nenhuma citação à redução de 2,2% obtida no segundo ano do projeto.

A meta para o período era de diminuição de 12% desse tipo de crime.

O índice ressaltado foi de 7,3%, que compara os quatro primeiros meses de 2009, com o mesmo período do ano passado.

Estranhamente, apesar de ter sido ressaltada várias vezes a transparência da atual gestão, os dados disponíveis na página oficial da Secretaria de Defesa Social (SDS) somente mostram os dados mensais até o mês de fevereiro de 2009. “Está mais do que claro que, mais uma vez, o governo divulga os dados que lhes são convenientes.

Quando a redução no período do pacto ficou em 6,9%, até nas propagandas, esse dado foi o utilizado.

Agora, que a redução foi bem menor, essa informação é suprimida”, afirmou o deputado Augusto Coutinho (DEM), líder da oposição na assembleia e propositor da audiência pública sobre os dois anos do pacto.

Além de Geraldo Júlio, compareceram à audiência pública o secretário de Defesa Social, Servilho Paiva, o secretário de Articulação Social, Waldemar Borges e o secretário de Ressocialização, Humberto Viana.

O auditório do anexo da assembleia ficou lotado das 9 às 14h, período em que se revezaram na tribuna, os secretários, representantes do governo, deputados, integrantes de Organizações Não-Governamentais e de entidades de classe.