Da Agência Brasil A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal abriu nesta quarta-feira, 13, inquérito para investigar eventuais irregularidades nos contratos firmados pelo Senado com instituições financeiras contratadas para conceder empréstimos consignados a servidores da Casa, com desconto mensal em folha de pagamento.

O requerimento feito pelo procurador Gustavo Pessanha Velloso, da Procuradoria Geral da República no Distrito Federal, chegou à Superintendência da PF em Brasília, que, prontamente, acatou o pedido, instaurando o inquérito.

O delegado Gustavo Buquer será o responsável por conduzir as investigações, que ainda não têm prazo para conclusão.

Segundo a assessoria da Polícia Federal, a investigação será específica sobre os empréstimos consignados, não sendo possível, ainda, afirmar que vá se estender a outras denúncias.

O MPF, no entanto, espera que, ao investigar o suposto esquema, a PF também averigue a acusação feita pelo ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi.

Segundo Zoghbi, o ex-diretor geral do Senado Agaciel Maia teria montado um esquema para fraudar contratos de terceirização de serviços prestados ao Senado.

Zoghbi é o principal alvo das denúncias sobre irregularidades nos empréstimos consignados.

Ele é acusado de criar empresas de fachada para intermediar os empréstimos feitos aos servidores da Casa.

A ex-babá de Zoghbi consta como sendo sócia majoritária de três dessas empresas.

Apesar das suspeitas, o ex-diretor só deixou o cargo após a imprensa divulgar que, irregularmente, ele teria cedido um apartamento funcional a seu filho.