Os médicos da Prefeitura do Recife (PCR) suspenderam ontem e hoje o atendimento em postos de saúde e ambulatórios.
Durante 48 horas, a categoria paralisa as atividades nos Postos de Saúde da Família (PSF), policlínicas e maternidades.
Apenas o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e emergências funcionam.
Na manhã de ontem (12), os médicos e representantes do Simepe promoveram panfletagem na Maternidade Barros Lima, Casa Amarela, Zona Norte.
Vestidos de camisas pretas, os profissionais ficaram na área principal daquela unidade de saúde e conversaram com os pacientes, explicando os motivos da paralisação.
Os médicos reclamaram da morosidade da prefeitura do Recife em atender as reivindicações da categoria. “O prefeito não está disposto a equiparar o nosso salário com o do estado”, afirmou o presidente do Sindicado dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Antônio Jordão. “Não temos estrutura nos postos de saúde, atendemos muito mais que o permitido e as equipes estão incompletas”, completou.
Ainda segundo Jordão, existem médicos que atendem cem pacientes em 12 horas de trabalho, onde o normal seriam 36. “Tem que recompor as equipes para garantir qualidade nos Postos de Saúde da Família”, alertou.
De acordo com o Simepe, o estado possui 7 mil profissionais da saúde, onde o diarista recebe R$ 3.060 e o plantonista R$ 5 mil.
Na prefeitura, que tem 1,3 mil médicos na ativa, o diarista ganha R$ 1,9 mil, e o plantonista R$ 2,9 mil.
Os profissionais aproveitaram o movimento de paralisação e deram um abraço simbólico na Maternidade Barros Lima.