Diante da falta de pronunciamento da Secretaria de Saúde municipal, os médicos vinculados à Prefeitura da Cidade do Recife, aprovaram em assembleia geral hoje (13) a continuidade do movimento por melhores de condições de trabalho, remuneração e segurança, com paralisação de advertência – nos dias 20 e 21 – quarta e quinta-feira da próxima semana.
Durante 48 horas, a categoria vai paralisar novamente as atividades nos Postos de Saúde da Família (PSF), policlínicas e maternidades.
Apenas o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e emergências funcionarão conforme decisão dos profissionais.
Na tarde desta quarta (13), haverá panfletagem na Unidade de Saúde Ermírio de Morais, em Casa Forte, quando os médicos voltarão a entregar uma carta aberta à população, explicando os motivos da suspensão do atendimento. “A Prefeitura do Recife precisa cuidar não apenas das 800 mil pessoas “cobertas” pelo PSF, mas ter o respeito e compromisso com os 1 milhão e 600 mil pessoas, diz o texto do panfleto.
Atualmente, os médicos diaristas do Estado recebem R$ 3.060 enquanto os da Prefeitura ganham R$ 1.900.
Já os plantonistas do Estado recebem R$ 3.800 (com previsão de ganhar R$ 5 mil em junho de 2010) e os da PCR ganham R$ 2.900.
De acordo com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), a pauta de reivindicações foi entregue desde fevereiro passado e as respostas têm sido evazivas.
Os médicos voltaram a reclamar sobre a falta de medicamentos, equipamentos e condições de trabalho em toda rede municipal de saúde. “Queremos qualidade de atendimento para os nossos pacientes e seus familiares.
Por isso, é necessário que sejam garantidos remédios, exames, consultas com especialistas, número suficiente de profissionais nas emergências e postos de saúde”, afirmou o diretor do Simepe, Tadeu Calheiros.