Os recursos liberados para financiamentos em Pernambuco pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no primeiro trimestre deste ano, atingiram o valor de R$ 275,6 milhões, o que representa um crescimento de 70% na comparação com os desembolsos realizados em igual período do ano passado, R$ 162 milhões.

Cerca de 55% dos recursos chegaram à economia pernambucana por meio da rede de instituições financeiras credenciadas pelo BNDES, formada pela maioria dos bancos em atividade no País.

O crescimento ocorrido em Pernambuco superou o registrado no Nordeste, que foi de 18%, e o ocorrido no País, de 13%.

De janeiro a março deste ano, o BNDES liberou para o Nordeste R$ 1,4 bilhão (ver tabela 1 anexa), enquanto no mesmo período de 2008 as liberações haviam sido de R$ 1,2 bilhão.

Em todo o Brasil, os desembolsos atingiram R$ 18,7 bilhões, enquanto de janeiro a março do ano passado tinham sido de R$ 16,5 bilhões.

O grande incremento registrado nas liberações para a economia pernambucana foi fortemente influenciado pelos desembolsos feitos para o setor da indústria de transformação, que tiveram crescimento de 191% e totalizaram R$ 151 milhões (ver tabela 2 anexa), enquanto haviam sido de R$ 51,9 milhões nos primeiros três meses de 2008.

Nesse setor, o destaque ficou para o segmento de outros equipamentos de transporte, que recebeu desembolsos de R$ 91 milhões, enquanto em igual período do ano passado não tinha recebido nenhuma liberação; o de máquinas e equipamentos, para o qual foram liberados R$ 30,7 milhões (no mesmo período de 2008, tinha recebido apenas R$ 821 mil); e o de celulose e papel, que teve acesso a R$ 6,8 milhões (no primeiro trimestre do ano passado, recebeu apenas R$ 30 mil).

Para o setor de comércio e serviços pernambucano houve um aumento de 13% nos desembolsos, alcançando o montante de R$ 121,5 milhões, enquanto no primeiro trimestre de 2008 tinha sido de R$ 107,7 milhões.

O incremento foi puxado, principalmente, pelo segmento de eletricidade e gás, que recebeu R$ 12,3 milhões (nos três primeiros meses do ano passado, não recebera nenhuma liberação).