Em visita às comunidades do Coque e dos Coelhos no final de semana, o vereador Inácio Neto (PTN) se disse indignado com a forma como a Celpe vem tratando os consumidores.
Em pronunciamento nesta terça-feira (12) na Câmara, o parlamentar queixou-se da taxa que tem que ser paga para que a energia volte a ser estabelecida após o pagamento dos boletos em atraso. “É uma cobrança desumana.
Quem não tem dinheiro para pôr comida na mesa vai conseguir pagar essa tal taxa de religamento?”, provocou.
Inácio Neto disse reconhecer “o esforço do governador de Pernambuco na fiscalização dos serviços prestados pela companhia”.
Falou ainda que “o possível será feito durante a gestão de Eduardo Campos para garantir energia para todos”.
O vereador Amaro Cipriano (PDT) aproveitou para reclamar da lentidão da companhia na prestação de alguns serviços requeridos pelos vereadores do Recife. “A empresa só atende nossas solicitações cerca de três meses depois de o pedido ser feito, isso quando atende”, pontuou.
Em seguida, a vereadora Priscila Krause (DEM) relatou a dificuldade de uma consumidora que teve a energia da própria casa cortada mesmo estando com os pagamentos em dia. “Chegaram num fim de semana e cortaram a luz da casa dela por engano.
Quando ela ligou para cobrar o restabelecimento da energia, recebeu a informação de que o serviço só pode ser feito em dia útil e em horário comercial, ou seja, dois pesos e duas medidas”.
Da tribuna de aparte, o vereador Osmar Ricardo (PT) acrescentou: “A Celpe explora o povo”.
Para ele, os problemas da companhia começaram desde a sua privatização na década de 90.
O vereador Josenildo Sinesio (PT) acha que “o povo não pode ser penalizado por uma empresa estrangeira que só busca o lucro e se afasta cada vez mais do compromisso social firmado em contrato”.
O parlamentar atestou: “Quando a esquerda se levantou contra o programa de privatização da Celpe, sabíamos o que estávamos fazendo”.
Com informações da Câmara do Recife