Da Agência Estado A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), iniciou reunião no Lago Sul, em Brasília, com o advogado Eduardo Ferrão, o mesmo que trabalhou nas defesas do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), quando foi acusado de cometer irregularidades no Senado, e do governador cassado da Paraíba, Cassio Cunha Lima (PSDB).
Yeda foi a Brasília à procura de apoio.
Ela está sendo acusada de uso de caixa dois, na campanha eleitoral de 2006.
Mais cedo, Yeda tomou café da manhã com o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), que ontem defendeu sua colega de partido, em discurso no plenário.
Mais tarde hoje, ela se encontrará com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, e ainda hoje deve se encontrar com o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.
No primeiro dia de coleta de assinaturas, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul conseguiu ontem apenas 10 das 19 necessárias para abrir uma comissão parlamentar de inquérito para investigar denúncias de corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB).
O placar não é definitivo, mas dá fôlego ao Executivo, que pediu que sua base, formada por ampla maioria, rejeitasse a proposta liderada pelo PT.
O requerimento propõe a investigação de irregularidades como certames direcionados em obras viárias e de saneamento que a Operação Solidária da PF apura em segredo.
Há possíveis conexões dessa investigação com o desvio de R$ 44 milhões do Detran descoberto pela Operação Rodin, além da denúncia feita pelo PSOL gaúcho de que Yeda teria usado sobra de campanha para pagar parte de um imóvel que adquiriu em 2006.