A governadora gaúcha Yeda Crisius (PSDB) reuniu o seu conselho político na noite passada.

Ela está, de novo, sitiada pelo noticiário que aponta indícios de caixa dois em sua campanha.

Daí o encontro com representantes dos partidos que lhe dão suporte na Assembléia Legislativa.

Tenta evitar a abertura de uma CPI.

Prometeu reagir.

Deve voar para Brasília na tarde desta terça (12).

Vai buscar apoio.

Fará reuniões com a cúpula nacional do tucanato e com congressistas da bancada gaúcha.

A assessoria de Yeda informa que ela tenta agendar uma audiência com a ministra e presidenciável do PT, Dilma Rousseff.

A mineira Dilma tem um pé na política do Rio Grande do Sul.

Iniciou sua militância partidária no PDT gaúcho.

Na província, o PT dá de ombros para a movimentação da governadora.

O partido começa a coletar nesta terça assinaturas para a abertura da CPI.

Levantamento feito pelo diário Zero Hora indica que pelo menos 17 deputados estaduais flertam com a adesão ao pedido de investigação.

Para que a CPI seja aberta, são necessárias pelo menos 19 assinaturas.

Faltariam apenas duas, portanto.

Embora não tenha representantes na Assembléia, o PSOL gaúcho engrossa o coro de “Fora Yeda”.

A expressão foi grafada nos cartazes que serviram de pano de fundo para a entrevista que dirigentes do PSOL concederam nesta segunda (11).

O partido exibiu cópias de e-mails que atestariam a participação de Carlos Crusius, marido da governadora, na coleta de verbas de má origem.

Na véspera, Carlos negara, em entrevista à Zero Hora, participação no recolhimento de fundos de campanha.

Tesoureiro oficial da campanha tucana de 2006, Rubens Bordini veio à boca do palco para dizer: “A única pessoa que arrecada para Yeda sou eu”.

A CUT, braço sindical do petismo, programa para a próxima quinta (14) uma manifestação contra a governadora.

A central espera arrastar para a frente do palácio de governo algo como 5 mil pessoas.

Nesta segunda (11), houve um “aperitivo”.

Cerca de cem militantes arrebanhados pela CUT foram às escadarias do palácio para pedir a saída de Yeda Crusius.

Em meio ao fogo cruzado, a governadora obteve do Ministério Público Estadual um escudo providencial.

A procuradora-geral de Justiça Simone Mariano da Rocha, nomeada por Yeda em abril, decidiu que não vai reabrir a investigação que apurou a compra da mansão da governadora.