No G1 Os diretores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que trabalham na reestruturação administrativa do Senado afirmaram nesta terça-feira (12) que funcionários que ocupam algumas das funções de direção que serão rebaixadas não sofrerão redução de salário.

Somente em alguns casos haverá redução e a economia prevista pela FGV é que o Senado economize R$ 650 mil por mês se adotar a reforma proposta pela instituição.

Segundo Gilnei Mourão Teixeira, um dos diretores da FGV, não há “indicador técnico” para justificar redução de salário dos funcionários que perderão o status. “Não houve nenhum indicador técnico ou econômico que exigisse redução de despesa.

Eles mantêm o salário, mas não terão mais o símbolo, o status.

A redução (de gastos) não é significativa porque não havia nenhum indicador técnico que justificasse”.

Apenas no caso de funções que são extintas os servidores irão perder a gratificação que recebem de forma integral.

Em outros casos, será feita uma redução da gratificação e na maioria será mantido o mesmo rendimento atual.

A média de gratificação para os “diretores” é superior a R$ 2 mil mensais.

O material completo da FGV será colocado pelo Senado em consulta pública na internet por 30 dias a partir desta tarde.

Dos sete diretores que restariam na “estrutura ideal” proposta pela FGV, cinco teriam aumento de salário.

Eles atualmente recebem R$ 2,3 mil de gratificação pela função e teriam um pequeno acréscimo.

Os cinco, no entanto, continuariam recebendo uma gratificação menor do que a dos outros dois, Apenas o diretor-geral do Senado e a secretária-geral da Mesa Diretora, que recebem gratificação mensal de R$ 2,6 mil.

O diretor da FGV Bianor Cavalcanti, que está a frente do trabalho, afirma que a redução de despesas foi racionalizada. “Houve redução sim, mas na base de cargos.

Houve um reposicionamento na nova hierarquia e isso não pode ser desprezado. É uma mudança significativa Não se trata de cortes levianos.

Não podemos desempenhar nosso papel de agente de mudança sem responsabilidade.

A FGV não pode se sujeitar a cortes pirotécnicos”.

Segundo a instituição, além da redução no número de diretorias das 41 admitidas para sete.

O número de departamentos cairá de 38 para 22.

As subsecretarias mudarão de nome para coordenações, mas das 73, apenas 18 serão eliminadas.

Existirão cortes ainda em gabinetes de secretarias, assessorias e unidades operacionais.