No G1 A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul pediu à Justiça o fim do sigilo do processo que investiga integrantes e ex-integrantes do governo de Yeda Crusius (PSDB).

O presidente da OAB-RS que é preciso um esclarecimento sobre as denúncias. “É preciso e temos que ter visão e esclarecimento exato dessas denúncias, se elas são verdadeiras ou não”, afirmou o presidente da entidade, Carlos Lamachia.

Conversas gravadas e publicadas no final de semana citaram suspeitas de uso de caixa dois por Yeda.

Ela nega as acusações.

Deputados da oposição querem a abertura de uma CPI na Assembléia Legislativa.

Eles iniciam na tarde desta terça (12) a coleta de assinaturas.

São necessários pelo menos 19 nomes.

A denúncia foi publicada pela revista “Veja”, que teve acesso a diálogos gravados entre Marcelo Cavalcante, ex-assessor da governadora, e o empresário Lair Ferst, acusado de participar do desvio de recursos do Detran gaúcho.

Segundo a reportagem, num do trechos, Marcelo afirma que Yeda recebeu dinheiro de caixa dois de campanha depois que a eleição terminou.

Seriam R$ 400 mil, pagos por dois fabricantes de cigarros.

Ainda segundo a revista, o ex-assessor Marcelo Cavalcante disse que entregou esse dinheiro a Carlos Crusius, ex-marido da governadora.

A revista também afirma que o conteúdo das gravações foi confirmado pela empresária Magda Koenigkan, ex-companheira de Cavalcante.

A empresária declarou à revista que ele falava até em “caixa dois do caixa dois”.

E que, segundo Marcelo Cavalcante, os R$ 400 mil teriam sido usados na compra da casa da governadora Yeda Crusius.

Magda Koenigkan afirmou que, em novembro, o empresário Lair Ferst contou a Marcelo Cavalcante que tinha gravado aqueles diálogos e que iria entregá-los à Justiça.

Em fevereiro, Marcelo Cavalcante, que era chefe do escritório do Rio Grande do Sul em Brasília, foi encontrado morto, no Lago Paranoá.

As investigações da polícia do Distrito Federal indicaram que ele se suicidou.