Tá bom assim Por Antonio Rodrigues de Freitas Vejo com pesar a deteriorização da classe médica, com a falta de respeito desde o pessoal ao salarial.
Ultimamente, a cada dia somos agredidos com insultos, palavrões e até “porradas”.
Quando não somos agredidos pelos nossos dirigentes; pelo governo; somos agredidos por aqueles que insatisfeitos com a situação da saúde, descarregam em nós.
Por que não descarregar no secretário de saúde, no governador, no ministro da saúde ou no Presidente da República?
E porque somos presa fácil, por um preço vil, colocamos nossas caras à mostra…
No Hospital Professor Agamenon Magalhães (HOSPAM), em Serra Talhada, estamos sendo tratados como marginais… é isto mesmo!
Quando assumimos o plantão, somos vigiados pelos vigilantes; somos custodiados por estes prestadores de serviços que contratados pelas direções da unidade hospitalar e da Geres, observam o bom andamento dos setores onde são locados e ficam nos observando rigorosamente.
Veja só, o marginal ou o acusado de algum delito, quando é internado no HOSPAM, fica sob custódia da polícia.
Pois bem: nós quando entramos para trabalhar ficamos sob os “olhares” dos vigilantes que seguem passo a passo a cartilha das chefias do hospital e da direção da Geres.
Eles nos marcam com seus olhares fiscalizadores, no período em que estamos em serviço. É constrangedor e vexatório.
Ninguém merece.
Não sei dizer por quanto tempo estudaram, qual a formação eles têm, mas os gestores preferem estes cidadãos que cumprem suas fielmente ordens, do que nós médicos que lidamos com o bem maior do ser humano: a vida.
A insatisfação gerada por este tipo de atitude já afastou vários profissionais do quadro médico desta unidade, mas os dirigentes fazem “vista grossa” e estão felizes.
Quem perde com tudo isso é a população e não eles os “donos da verdade”.
E como eles não sentem na pele, tá bom assim.
PS: Antonio Rodrigues de Freitas – diretor do Simepe em Serra Talhada/PE