Indignação dos escritores pernambucanos Por Alexandre Santos - presidente da UBE A UBE está sendo vítima da desorganização da prefeitura que, sem levar em conta a Lei 16.631/2000, sancionada pelo prefeito Roberto Magalhães e publicada no D.O. de 29 de dezembro de 2000, está cedendo parte do terreno pertencente aos escritores pernambucanos para a CPRH.
A história deste terreno é longa e começa ainda nos tempos de Paulo Cavalcanti, primeiro presidente da entidade, que se preocupava em dar uma sede própria para a UBE.
Desde então, os escritores pernambucanos deram início a uma luta que redundou na doação pela Prefeitura do Recife de um terreno em Casa Forte.
Esta luta envolveu escritores e amantes da literatura, inscrevendo nesta história a participação de Olimpio Bonald Neto, Dione Barreto, Tarcísio Pereira (Bocão), Flávio Chaves, Frederico Pernambucano de Melo, Nagib Jorge Neto e outros, além do ex-prefeito Gilberto Marques Paulo, o escritor e ex-vereador Admaldo Matos de Assis e o ex-prefeito Roberto Magalhães.
Em 1992, o ex-prefeito Gilberto Marques Paulo sancionou a Lei 15.740/92, que cedeu por comodato o terreno onde a UBE construiu sua sede e planejou a construção de um auditório, um estacionamento e um parque de eventos literários.
No ano 2000, a Câmara Municipal do Recife aprovou projeto de lei do escritor e então vereador Admaldo Matos de Assis e, na seqüência, o ex-prefeito Roberto Magalhães sancionou a Lei 16.631/2000, que fez a doação definitiva do imóvel.
No dia de Natal, em 24 de dezembro de 2008, provavelmente por engano, sem qualquer aviso, o ex-prefeito João Paulo assinou documento cedendo parte do imóvel a CPRH.
Esta atitude afeta e ofende os escritores pernambucanos, que não podem abrir mão do espaço reservado para a construção de um auditório, um estacionamento e um parque de eventos literários.
Precisamos de apoio da sociedade, especialmente porque, ao que parece, os nossos ‘adversários’ não têm qualquer respeito pela lei ou pelos escritores.
Hoje são os escritores.
Amanhã pode ser qualquer um.