Blog do Noblat Um jornalista disse hoje ao deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) que era uma pouca vergonha parlamentares como ele serem eleitos.
Na hora, Moraes nada respondeu, apenas perguntou o nome do jornalista.
Pouco depois, sentado à mesa que dirige o Conselho de Ética da Câmara, comentou: - Foi me dito que nós sermos eleitos é uma pouca vergonha.
Pouca vergonha são as falsas afirmações da imprensa que vêm se estendendo todos os dias.
Nunca concorreram a absolutamente nada e se intitulam donos da moral e da ética.
Sérgio Moraes é relator do processo contra o colega mineiro Edmar Moreira (sem partido) no Conselho de Ética – comissão que presidiu até o final do ano passado.
Moreira se tornou conhecido por ser dono de um castelo no sul de Minas Gerais avaliado em R$ 25 milhões.
Responde a processo por quebra de decoro parlamentar, acusado de usar sua verba indenizatória dos últimos dois anos para ressarcir serviços pagos à sua própria empresa de segurança.
Moraes irá pedir, como relator, o arquivamento do processo contra Moreira.
Acredita que o colega esteja sendo usado como “boi de piranha” pelos colegas.
Que a imprensa foi injusta com ele. - Parte da opinião pública não acredita no que vocês escrevem.
Tanto é que nós nos reelegemos -, continuou Moraes, que é réu em quatro ações penais no Supremo Tribunal Federal por crime de responsabilidade.
Para concluir, disse: - Vocês podem me atirar o fogo que eu não tenho medo, não.
Não é pouca vergonha eu estar aqui.
Eu tenho sete mandatos, tenho seis filhos.
Minha esposa é prefeita.
Meu filho é vereador.
Os nossos mais de 100 mil eleitores têm muito orgulho de ter votado em mim.
Espero que bote também essa parte na entrevista, não a parte ruim.
Em tempo: em junho de 2008, reportagem da revista Veja revelou que Sérgio Moraes e sua mulher Kelly foram indiciados por envolvimento com uma casa de prostituição.
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