Do G1, em Brasília O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) admitiu ter repassado passagens de sua cota parlamentar para a sua namorada, a jornalista Mônica Dallari.

Segundo o senador, todos os valores relativos a essas passagens foram ressarcidos até a terça-feira (5). “Fiz a restituição relativa à viagem para a Mônica.

Geralmente as viagens com ela são feitas com milhagens.

Quando, em alguma ocasião, não foi possível utilizar, foi feito dessa forma e já restitui”, disse o senador ao G1.

A assessoria do senador afirma que, na terça-feira, foi devolvido o montante de R$ 5.521,00, relativo a passagens dadas a Mônica entre novembro de 2007 e dezembro de 2008.

Ele já havia ressarcido o Senado em novembro de 2007 em R$ 15,1 mil relativos a uma passagem para a namorada no trecho São Paulo-Paris-São Paulo.

No caso da viagem ao exterior, a assessoria argumenta que o ressarcimento aconteceu mesmo com a viagem da namorada do senador tendo acontecido a trabalho.

Ela acompanhou Suplicy em uma viagem à China, sendo o trecho final pago pelo governo daquele país.

A jornalista tirou fotos dos eventos de que o senador participou, fazendo também a gravação desses encontros no país asiático.

A assessoria reconhece também o repasse de passagens a terceiros, o que não era proibido pelas normas do Senado.

Seriam passagens para pessoas participarem de eventos relativos ao mandato do senador, como audiências em comissões da Casa.

Foi reconhecido também o pagamento de uma passagem para uma pessoa se tratar no Hospital Sarah Kubitscheck em Brasília.

Nos casos acima, Suplicy não pretende ressarcir o Senado.

A assessoria destaca que o senador tem uma sobra de R$ 239,9 mil em sua cota relativa a outubro de 2007 e março de 2009.

Este valor poderá ser devolvido no final do ano, uma vez que a nova regra sobre passagens aéreas determina o retorno ao Senado das sobras no final de cada exercício.

A nova regra proíbe o repasse de passagens para parentes e está em vigor desde o mês passado.