Da Agência Brasil O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), divulgou hoje (5) nota à imprensa em que contesta as insinuações de que a direção do Senado estaria tentando abafar as investigações relacionadas às denúncias de irregularidades em contratos de empréstimo consignado.
No documento, Sarney afirma que o “rigor determinado na condução do caso ficou evidenciado com as medidas anunciadas”, como a abertura de sindicância administrativa e sindicância pela Corregedoria do Senado e também com a instauração de inquérito policial pela Polícia do Senado e suspensão das operações de empréstimo consignado pelo Banco Cruzeiro do Sul, até que as apurações sejam concluídas.
Sarney afirmou, na nota, que o Senado é a jurisdição da Polícia do Senado, cabendo a ela as investigações dentro da instituição.
Ele ressaltou, ainda, que tanto o Ministério Público como a Polícia Federal não dependem de iniciativa do Senado para atuar.
No plenário, Sarney fez um balanço dos três meses em que está à frente da presidência e anunciou que, na próxima terça-feira (12), será apresentado o resultado do estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas.
Também no plenário, o Corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), reafirmou que não se afastará do cargo após as denúncias do ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi insinuando que ele e o senador Efraim Moraes (DEM-PB), ex-primeiro-secretário do Senado, teriam participado de supostas irregularidades praticadas pelo ex-diretor-geral Agaciel Maia.
Tuma negou que tenha comprometido a apuração das denúncias publicadas na revista Época do final de semana. “Em hipótese alguma tive algum comprometimento com as investigações.
Estou pronto para tomar todos os esclarecimentos necessários”, disse. “Não posso abrir mão do que não estou fazendo.
Não posso deixar a Corregedoria porque não estou intervindo nesses acontecimentos”, completou Tuma.
O líder do PT no Senado, Aloísio Mercadante (SP), cobrou que o presidente Sarney peça a colaboração do Ministério Público nas investigações das denúncias.